Cachorros podem proteger bebês de alergias

A convivência com os bichinhos pode fortalecer o sistema imunológico das crianças, prevenindo alergias
Um estudo recente mostrou que conviver com cachorros pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico dos bebês. A convivência pode ajudar a prevenir principalmente alergias e asma nos primeiros três meses de vida da criança.
O estudo foi publicado no New England Journal of Medicine. Ele foi realizado principalmente com crianças em fazendas. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que crianças que viviam perto de animais tinham menos chance de desenvolverem asma e alergias do que aquelas que viviam longe deles em grandes fazendas industriais.
Em entrevista ao jornal americano The New York Times, o doutor Jack Gilbert explica: tudo tem a ver com um bioma mais diverso.
Os cães ainda podem trazer “boas” bactérias e micróbios para dentro de casa. Isso porque eles costumam brincar mais ao ar livre do que outros pets, como gatos, por exemplo. Esses, por sua vez, são mais limpos e costumam ser menos afetuosos (eles tem menos chance de lamber o rosto das pessoas), deixando de passar essas bactérias. Além disso, os pelos dos gatos carregam antígenos. Elas são partículas que causam uma resposta no sistema imunológico que pode levar à asma.
Claro que nem todas as bactérias são inofensivas. Os pets podem trazer bactérias contidas em fezes e outras substâncias e sujeiras da calçadas e podem trazer doenças. Porém, o conselho médico geral é simplesmente lavar as mãos.
Pesquisas também estão sendo desenvolvidas para identificar exatamente quais organismos deixam as crianças mais saudáveis. Assim, os pesquisadores pretendem isolá-los dos animais e utilizá-los na produção de probióticos para que gerem os mesmos benefícios.
Em entrevista ao jornal britânico The Independent, Gilbert afirma que para aqueles que possuem o sistema imunológico já comprometido podem ser tratados por meio da exposição aos micróbios. Porém, de acordo com ele, ainda existem muitas questões a serem examinadas.
Outra questão importante é se essas crianças conseguem manter o sistema imunológico forte durante toda a vida. Isso ainda não foi comprovado, mas pesquisadores estão trabalhando para isso.
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